Os negociadores da Alcoa para o Acordo Coletivo de Trabalho bateram na mesma tecla em reunião na tarde de hoje com o Sindicato. Apesar de querer assinatura de um Acordo Coletivo de dois anos, a empresa fala em reajuste de 10,16% nos salários até R$ 6.999,00, manutenção de todas as cláusulas sociais e demais cláusulas econômicas, entre elas o valor de R$ 3200,00 em duas parcelas (maio e outubro) para alimentação, afirmando não ter com seguido autorização da direção da empresa para aplicar qualquer reajuste no “cartão”, apesar de afirmar haver a possibilidade de fazê-lo nas negociações da próxima data-base, em 2023.
Apesar de falar em acordo de dois anos, a empresa descarta também definir o reajuste automático pelo INPC em 2023, e deixou eventual reajuste do cartão alimentação também para as negociações de 2023.
Não houve entendimento com o Sindicato, que insiste no reajuste dos atuais R$ 3.200,00 neste ano pelo INPC der 10,16%. Chegamos a propor até fazer este reajuste no cartão em algumas parcelas, mas a empresa afirmou e que “não vai haver reajuste no vale, neste ano”.
A empresa alega momentos de dificuldade, com redução de 20% da produção, em razão dos impactos da guerra na Ucrânia, mas afirmou que todas as cláusulas sociais e econômicas do Acordo Coletivo serão mantidas e de que não haverá nenhum corte de investimentos em Juruti, garantindo que todos os empregos serão preservados, descartando demissões em função do conflito.
As assembleias para que os trabalhadores votem a proposta que deve ser apresentada nos próximos dias serão através de votação virtual, não sendo autorizada a concentração de pessoal na planta, em proteção contra a Covid.
Será agendada nova reunião de negociações ainda nesta semana (quinta ou sexta), quando, finalmente, esperamos a proposta formal da Alcoa para submeter à assembleia dos trabalhadores.