O curso foi coordenado pelo educador sindical da CNQ/CUT, Elias Soares “Pintado”.
O STIEMNFOPA realizou de 24 a 26 de novembro, um curso de formação com os diretores da entidade em todas as bases de representação. Foram abordados temas muito importantes para aperfeiçoar a atuação dos dirigentes junto aos companheiros de trabalho, para a melhor atuação do Sindicato na mobilização e defesa dos direitos da categoria. Tratamos de assuntos urgentes para nossa compreensão, como o modo de produção e a origem do trabalho, os vários momentos do Sindicalismo no Brasil, novas formas de organização e de comunicação com os trabalhadores.
O empenho dos diretores do Sindicato já colhe imediatamente resultados importantes, com um movimento importante de sindicalização dos trabalhadores, uma tomada de consciência da importância da unidade e fortalecimento da entidade como instrumento de lutas pelos direitos coletivos.
A compreensão do momento em que vivemos, de evolução das formas de comunicação com os trabalhadores, nos possibilita deixar totalmente transparente os processos de organização no trabalho e mesmo na sociedade, para que busquemos o respeito, a igualdade de direitos, de condições de trabalho e de vida, como contrapartida à nossa responsabilidade social e como trabalhadores, cumprindo obrigações e metas de crescimento mútuo.
Nos debates sobre temas como a formação do lucro, distribuição de dividendos e remuneração aos trabalhadores pela participação nos resultados das empresas, os diretores do Sindicato perceberam que os companheiros precisam ser melhor esclarecidos sobre lutas e negociações necessárias com as empresas, para uma relação mais justa no trabalho, nas condições sociais e de remuneração.
Graves mudanças na legislação trabalhista e previdenciária e ataques à organização e sustentabilidade dos Sindicatos alteram completamente a defesa de quem devem ser os beneficiários da luta e dos direitos conquistados. Como deixou de existir a contribuição compulsória de um dia de trabalho de todos os trabalhadores, que acontecia anualmente em março, e que obrigava compartilhar resultados das lutas de associados com não-sócios, os tribunais já começam a decidir que os direitos estabelecidos em negociações do Sindicato com as empresas devem beneficiar apenas os trabalhadores sindicalizados. A tendência é que os benefícios de acordos serão apenas para sócios dos sindicatos. Não sindicalizado deverá negociar individualmente com os patrões os reajustes de salários e seus direitos. É a nova realidade, de desmanche das leis sócio-trabalhistas, que beneficiam apenas os patrões e sacrificam trabalhadores que não se unem e não dão sustentabilidade às suas organizações de defesa coletiva. Muitas empresas fazem acordo de resolução de conflitos contemplando demandas coletivas autorizadas por associados.
Vivemos um novo tempo, que exige unidade para termos defesa coletiva dos direitos, para não ficarmos sozinhos, sujeitos à exploração do nosso trabalho!