Pandemia Covid-19
NOSSA VIDA EM PRIMEIRO LUGAR PARA GARANTIRMOS NOSSA FORÇA DE TRABALHO
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Empresa provoca clima de apreensão ao anunciar adesão a MPs que restingem condições de sobrevivência

Uma carta endereçada aos "Alcoanos e Alcoanas" trouxe grande ansiedade e apreensão aos trabalhadores.

Apesar de afirmar compromisso com a “prioridade” e “a segurança das nossas pessoas”, que “agradece a flexibilidade e competência” durante o processo de enfrentamento e “mitigação dos riscos de disseminação do Covid-19”, o documento tem como base central preparar a todos para medidas com o propósito de “reduzir custos e eliminar gastos discricionários”.

A preocupação imediata com a “saúde financeira da nossa empresa” leva a descrição aos “Alcoanos e Alcoanas” de medidas que terão grande impacto para os trabalhadores e a sustentabilidade de nossas famílias, justamente neste momento de isolamento social, em que gastos de uma quarentena forçada explodem nos preços elevados criminosamente no mercado.

Cortes e mais cortes anunciados pela empresa, que afirma sua adesão a Medidas Provisórias do Governo Federal, que atacam direitos sociais: alterações salariais, nos reembolsos escolares, adiamento de pagamento do 1/3 constitucional de férias, suspensão de abono pecuniário (venda de 10 dias de férias), redução em 50% de contribuições ao Sesi e Senai durante três meses, adiamento de pagamento de FGTS de março a maio, parcelando em seis meses.

Se a empresa ressente-se da “queda na demanda de alumínio”, impactando e reduzindo sua produção, temos máquinas em ritmo menor, mas imaginem a redução de comida em nossas mesas e da capacidade de nossas famílias de honrar compromissos financeiros com serviços básicos e essenciais.

No momento em que grandes empresas se solidarizam com doações para a sociedade superar a trágica doença e que seus trabalhadores são socorridos com garantia de salários, cartões de alimentação extras, licença remunerada para isolamento social, entre nós vivemos o pânico do anúncio de cortes, “redução de custos” e eliminação de gastos, para “preservação de caixa” e assegurar “a saúde financeira da empresa”.

De forma alguma, não queremos a falência da empresa, de onde buscamos o sustento de nossas famílias, mas o compromisso com a vida começa pelo estômago e condições de sobrevivência que nos permitam estar em plena saúde para voltarmos com a mesma responsabilidade e empenho ao nosso trabalho.

Esperamos que os patrões tenham sensibilidade social e humanitária, para sobrevivermos à doença e voltarmos com nossa força de trabalho pela sustentabilidade da empresa.

          

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