Nesta semana tivemos uma reunião com o RH da MRN para dar seguimento a várias reivindicações dos trabalhadores que vêm sendo discutidas entre o Sindicato e a empresa. Ficou acertado que, além das negociações para acordos coletivos, teremos reuniões regulares na terceira semana de cada mês, sempre às quartas-feiras.
Ainda nesta reunião ficaram algumas pendências para que a empresa defina sua posição e possamos realizar assembleia com os trabalhadores, apresentando uma proposta em que tenhamos chegado a uma solução de consenso.
Entre várias questões, rediscutimos a reivindicação para extensão do auxílio-creche de 48 para 72 meses, o atendimento de transportes para alojados e residentes em PTR, utilização da lancha do turno também para residentes, insistimos com a minimização de custos, como possibilidade para que o terceiro filho não pague apostilas, além de reapresentar as reclamações de trabalhadores sobre elevação de mensalidades.
Criticamos duramente alterações nas “Regras de Ouro” que facilitam demissões por justa causa inaceitáveis, registrando cinco companheiros penalizados, sem que sejam orientados sobre as regras que estão sendo utilizadas para punir com a tragédia do desemprego. Lembramos que antes de qualquer justa causa é necessário o apuro de fatos, com direito de defesa e de contraditório, para que não ocorram demissões imotivadas por perseguição de chefias.
Cobramos também relatório sobre enquadramento de operadores e apontamos que vários companheiros de larga experiência são preteridos nas promoções. A empresa alegou que em função da Lei de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) só pode informar o quantitativo sem explicitar nomes e que enviará relatório ao Sindicato. Foi informado ao sindicato que durante o ano de 2024 ocorreram 6 enquadramentos na GD, 5 na GR, 14 na GM, 4 na GS, 2 na GH e 1 na GG, GV, GO, GF e GE. Insistimos na necessidade de transparência de um Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), em que os trabalhadores conheçam regras claras para seu crescimento profissional dentro da empresa, situação que estabelece uma condição de ganha-ganha, com resultados para todos, trabalhadores e empresa.
Outros pontos importantes tratados foram as constantes reclamações dos trabalhadores sobre a alimentação sem sabor, mal temperadas, carnes brancas, não variedade de frutas e a vigilância para regrar o atendimento, inclusive com câmera filmando na hora de servirmos os bandejões.
Reclamamos também da falta de reformas nos imóveis, cada vez mais precários, solicitando a transferência de trabalhadores para alojamento e liberação das repúblicas para os que aguardam residência.
Cobramos a regularidade na entrega de uniformes, alegando que a GM faz apenas três entregas, enquanto as demais áreas fazem quatro.
O sindicato informou que a minuta apresentada de ACT, não foi debatida e concluída, havendo apenas manifestação sem uma proposta formal de cessar as horas de deslocamento.
A empresa ficou de avaliar solicitação dos trabalhadores da GMB para inclusão de 48 minutos a mais na jornada de trabalho durante a semana, para compensar a segunda-feira que todos possam voltar com a equipe de zero hora e iniciar a jornada na terça-feira pela manhã.
Igualmente, a empresa ficou de dar resposta para proposta do sindicato para que indenização seja convertida em salários ou em cartão alimentação, para os trabalhadores do turno, com um valor médio das horas pagas coletivamente para os que recebem horas de deslocamento.
Todos os pontos citados acima e outros discutidos com a empresa serão apresentados em assembleia, que será realizada em breve pelo Sindicato.