Consciência de classe não é pensar só em si, mas nos direitos de todos
Alguns companheiros manifestaram em grupo de WhatsApp de Juruti dúvida quanto à mensalidade do Sindicato, que estatutariamente tem o valor percentual baseado no piso salarial da categoria.
Como tivemos o reajuste do piso salarial em nosso último Acordo Coletivo de Trabalho com a Alcoa, a mensalidade de R$ 47,50 foi automaticamente atualizada para R$ 51,30, ou seja, subiu R$ 3,80. Da mesma forma que os trabalhadores tiveram as diferenças de salários e benefícios econômicos pagas de forma retroativa a janeiro, também as diferenças mensalidades (R$ 3,80) do sindicato de janeiro e fevereiro, também foram pagas somada à de março. Por isto, a mensalidade de março (de R$ 51,30) recebeu as diferenças de janeiro (R$ 3,80) e fevereiro (R$ 3,80), que acumularam R$ 7,60 e perfizeram o valor global de R$ 58,90. Em relação à antiga mensalidade (de 47,50), de antes do reajuste do Acordo Coletivo, o valor acrescido agora foi de R$ 11,40, porque representam as diferenças de três meses. No próximo mês a mensalidade normal será dos R$ 51,30.
Devemos alertar que estes valores todos somados representaram um aumento de R$ 880,00 na arrecadação do Sindicato, muito longe do que se gasta com os processos de negociações coletivas, viagens, assessoria jurídica e manutenção de estrutura para manter viva a entidade.
Explicados os números, os trabalhadores que entendem de forma consciente a importância do Sindicato por terem garantido o reajuste dos salários e benefícios econômicos passaram a usufruir de um salário corrigido monetariamente, substancial reajuste de 10% no Vale Alimentação somado a um valor extra de R$ 700,00 e evolução em cláusulas importantes, como auxílio-creche inclusive para pais com filho até dois anos e elevação da contribuição da empresa para trabalhadores com mais de dez anos de casa, que tenham sido desligados e que estejam prestes a se aposentarem, além da manutenção das demais conquistas de acordos anteriores.
Todos devem ter ainda a consciência de que vivemos outra realidade, que impôs maior dificuldade na sustentação do Sindicato. Não temos mais o “Imposto Sindical”, cortado na Reforma Trabalhista, que permitia gastos com festas como a do 1º de maio, de realizar sorteio de brindes, e promover a confraternização dos trabalhadores. Este é um custo que não é mais suportado pela arrecadação muito menor do Sindicato, para manter a organização da categoria e toda a estrutura para atuar na defesa dos direitos.
A consciência de cada trabalhador sobre os benefícios coletivos alcançados com a participação no Sindicato é o estímulo para manter nosso instrumento de luta, de sermos unidos e solidários para garantir o direito de todos.
O Sindicato é nossa ferramenta para garantir acordos coletivos e atuação permanente para que os trabalhadores não sejam penalizados por patrões que pensam prioritariamente no lucro e esquecem a responsabilidade social.